A
parábola do Fariseu e o Publicano, registrado em Lucas 18:9-14, fala sobre as
atitudes corretas na oração. Jesus ensina como duas pessoas apresenta-se diante
de Deus no templo por meio da oração (Lc 18:10), um com humildade e o outro com
o orgulho no coração. Neste texto, veremos as lições que Jesus queria comunicar
aquelas pessoas e a nós.
A oração do fariseu
“O fariseu, posto em pé, orava de si para si
mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens,
roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas
vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho (Lc 18:11,12).”
O
que era um fariseu? Os fariseus eram um grupo religioso da época de Jesus
extremamente radical e conservador. Seus integrantes eram orgulhosos por se
acharem cumpridores da Lei e das Tradições.
A
oração do fariseu era totalmente orgulhosa. Sua oração revelava a confiança em
si, ele não apresentou seus pecados diante de Deus e muito menos
arrependimentos. O foco do fariseu, era ficar se comparando com as outras
pessoas no sentido pejorativo, afirmava não ser como ladrões, adúlteros e
injustos. A Lei exigia apenas um dia de jejum por ano (Lv 16:29), mas ele
jejuava duas vezes, provavelmente segunda-feira e a quinta-feira como dias de
jejum.
O
fariseu também se orgulhava de entregar os dízimos ao Senhor. Isso, indica que
ele dava o dízimo até mesmo daquilo a Lei não exigia, como: o dizimo dos
produtos que ele comprava de um produtor, o qual já havia sido pago pelo
próprio produtor. Ele era tão soberbo em suas intenções que basicamente tentava
cumprir a Lei pelos outros. Assim, aquele fariseu tentou impressionar Deus e
alcançar a justificação pelas obras.
A oração do publicano
“O publicano, estando em pé, longe, não
ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus,
sê propício a mim, pecador! (Lc
18:13).”
O
que era um publicano? Os publicanos foram um grupo profissional da época de
Jesus que eram contratados pelos romanos. Eles exerciam a função de cobrar
impostos e taxas nas alfândegas. Os publicamos eram desprezados pelos judeus e
particularmente pelos fariseus. Por esse motivo, eram considerados traidores da
pátria e corruptos.
Um
fato curioso que chama atenção é o fato de um publicano não andar nas
sinagogas. Quando sentiam a vontade de orar, faziam na área externa do Templo,
o qual tinham acesso por serem judeus. Foi exatamente o que fez o publicano
dessa parábola.
A
oração do publicano foi totalmente diferente em relação a do fariseu.
Primeiramente, ele se colocou a distância, ao contrário do fariseu, não queria
ser visto, apenas desejava desesperadamente o perdão de Deus. Sentia o peso do
seu pecado e vergonha que não conseguia olhar para o céu. Ao invés de se
elogiar como fez o fariseu, esse homem reconheceu seu estado de miséria na qual
se encontrava.
O
publicano batia no peito clamando a Deus por misericórdia: “Ó Deus, sê
misericordioso para comigo, o pecador.” Sua oração fora a mesma de Davi: “Compadece-te de mim, ó Deus,
segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão
das tuas misericórdias (Salmo 51:1).” Portanto, o pedido desse homem
era que a ira de Deus não caísse sobre sua vida, ele queria apenas o perdão de
Deus.
A aprovação
de Jesus
“Digo-vos que este desceu justificado para
sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que
se humilha será exaltado (Lc 18:14).”
Jesus
declarou que foi o publicano e não o fariseu que voltou para a casa
justificado. O publicano conseguiu o que tanto desejava, o perdão dos pecados.
Jesus concluiu essa parábola com a seguinte reflexão: “Porque qualquer que a
si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será
exaltado” (Lc 18:14). Diante disso, fica evidente que o fariseu voltou
para a casa como um pecador, enquanto o publicano que confessou grandemente seu
pecado, como justificado.
Conclusão
Portanto, podemos tirar quatro lições práticas para nossa vida dessa parábola. Primeiro, Deus abomina um coração soberbo. Segundo, Deus se agrada quando nos aproximamos dEle com um coração humilde. Terceiro, não podemos impressionar a Deus com nossas obras. Quarto, toda glória pertence unicamente ao nosso Deus.
Sidney Muniz
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