google.com, pub-7873333098207459, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Evangelho da Graça : A cura do filho de um Oficial do Rei

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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

A cura do filho de um Oficial do Rei



O apóstolo João é um único no seu Evangelho que registra a cura do filho de um oficial do rei. Há diferença entre a cura do filho do oficial do rei e a cura do servo do centurião (Mt 8.5-13). Enquanto que João registra que o oficial rogava pelo filho, o centurião rogava pelo seu servo. Ambos exerceram fé na pessoa de Cristo e receberam o milagre dele.

Queremos destacar alguns pontos nessa passagem que contribuirão para a nossa vida cristã.

Jesus dirigiu-se a Caná da Galileia

Foi, então, outra vez a Caná da Galileia, onde da água fizera vinho. Ora, havia um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. Quando soube que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia, foi ter com ele, e lhe rogou que descesse e lhe curasse o filho; pois estava à morte (Jo 4.46,47).

Podemos analisar o trecho em duas partes. Primeiro, Jesus retorna a Caná da Galileia. Era uma cidade de Aser, à distância de 16 km do Mediterrâneo. Segundo, havia um oficial do rei. O texto não menciona o nome desse homem, é provável que fosse um oficial a serviço de Herodes Antipas, tetrarca da Galileia (Mt 14.1-4; Lc 23.7). O mesmo tinha um filho doente, estava à beira da morte. Terceiro, ouviu falar de Jesus. Talvez ele tenha procurado em vários médicos a cura para o seu filho, mas não encontrou, sua última saída era Jesus. Quarto, roga a Jesus que curasse seu filho. Aqui podemos aprender o valor e o poder que a intercessão tem. Assim, destaca-se aqui a ação do oficial em buscar a cura de seu filho.

O diálogo de Jesus com o oficial

Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e prodígios, de modo algum crereis. Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce antes que meu filho morra. Respondeu-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe dissera, e partiu (Jo 4.48-50).

Jesus responde: “se não virem os sinais e prodígios, de modo algum crereis”. Qual era o objetivo de Cristo ao responder aquele homem dessa forma? Jesus era ciente da fé superficial do oficial e da multidão em volta, fé essa que dependia de vista (Jo 20.29). Jesus estava testando a fé dele. Além disso, ele “roga a Jesus de novo”. Quando oramos e não somos respondidos, é porque precisamos perseverar. Jesus disse: “Todo aquele que pede recebe; o que busca encontra; a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Mt 7.7,8). Depois disso, Jesus declara: “Vai, o teu filho vive”. Esta foi uma expressão de poder para curar e não meramente uma profecia de que ele se recuperaria. Por causa da afirmação de Cristo, aquele homem creu na palavra de Jesus e partiu.   
   
A cura do filho do oficial

Quando ele já ia descendo, saíram-lhe ao encontro os seus servos, e lhe disseram que seu filho vivia. Perguntou-lhes, pois, a que hora começara a melhorar; ao que lhe disseram: Ontem à hora sétima a febre o deixou (Jo 4.51,52).

Os servos do oficial anunciaram que seu filho vivia. Isso foi uma notícia de esperança, antes seu filho estava perto da morte, agora se encontrava restaurado. Além disso, o oficial pergunta de seus servos que horas seu filho tinha sido curado. Segundo Wiersbe, “isso indicava que ele permaneceu um dia inteiro em Caná, pois o trajeto de volta para sua casa não levaria mais de três ou quatros horas. O menino curou-se às 13 horas, e no dia seguinte o pai chegou em casa. Isso prova que teve fé verdadeira na palavra de Cristo, pois não apressou em ir para casa a fim de ver o que acontecera. Aparentemente, o oficial ficou em Caná cuidou de alguns negócios e foi para casa no dia seguinte. Ele apenas perguntou a que horas isso aconteceu e verificou que foi no momento em que Cristo disse a palavra salvadora”.

Portanto, resultado disso: “Toda a sua família creu em Cristo”. Sabemos que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, a palavra de Cristo (Rm 10.17). 

Conclusão

A parte prática que podemos aprender dessa passagem entre tantas. Primeiro, o valor da intercessão. Aquele pai rogou a Cristo com perseverança pelo seu filho, assim devemos imita-lo concernente aos nossos familiares. Segundo, aquele homem creu na palavra de Cristo. E por ele crê, toda sua família se converteu a Cristo. Paulo disse para o carcereiro e também a nós: “Crê no Senhor Jesus e você será salvo – você e toda a sua casa (At 16.31). Terceiro, sinais e prodígios. As pessoas na época de Jesus queriam ver sinais e vivenciar prodígios, devemos lembrar que satanás pode realizar milagres com a finalidade de enganar os incautos (2Ts 2.9,10). Dessa forma, a vida cristã não fundamenta-se em sentimentos, sonhos, visões ou qualquer outra evidência carnal, porém, fé na Palavra de Deus.   

Notas:

Pequena Enciclopédia Bíblica – Orlando Boyer.
Bíblia de Estudo de Genebra.
Bíblia de Estudo Shedd.
Comentário de Warren W. Wiersbe – Conciso


Sidney Muniz 


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